"Vitamina da Energia" pode combater fadiga na esclerose múltipla
Doentes com esclerose múltipla (EM) que lutam contra os sintomas da fadiga, podem ser ajudados com um suplemento de coenzima Q10 - uma substância com propriedades semelhantes às vitaminas.
A fadiga é um dos sintomas mais comuns da esclerose múltipla, afectando cerca de 80% dos doentes, de acordo com a National Multiple Sclerosis Society. Os sintomas pioram à medida que o dia avança e os medicamentos existentes (cloridrato de amantadina e modafinil) têm um efeito muito limitado.
Isso, no entanto, não acontece com suplementos que contêm coenzima Q10, uma substância natural que aumenta a energia e tem sido vista com grande potencial para ajudar os doentes na luta contra os sintomas de fadiga e de depressão, sem causar quaisquer efeitos secundários, de acordo com um estudo feito com doentes com EM.
Menos fadiga e depressão
O estudo, publicado na revista Nutritional Neuroscience, em Janeiro de 2015, mostra uma redução significativa nos sintomas de ambas as patologias, em doentes que tomaram o suplemento com coenzima Q10, em comparação com o grupo de controlo ao qual foi dado placebo.
Os doentes deste estudo duplo-cego, controlado por placebo, foram distribuídos aleatoriamente para receber diariamente ou 500 mg da coenzima Q10 ou placebo, durante por um período de 12 semanas.
Os investigadores aferiram os sintomas de fadiga através da Escala de Severidade da Fadiga (FSS), e da Escala de Depressão de Beck (BDI), esta última utilizada para avaliar os sintomas depressivos.
No grupo que tomou coenzima Q10 foram observadas diminuições significativas de FSS e BDI. Ao inverso, no grupo que tomou placebo, verificou-se um aumento na FSS. Da análise dos resultados, os cientistas concluíram que a toma do suplemento com coenzima Q10, de 500 mg por dia, pode diminuir os sintomas de fadiga e depressão em pacientes com EM.
Fonte:
"Coenzyme Q10 as a treatment for fatigue and depression in multiple sclerosis patients: A double blind randomized clinical trial."
Nutr Neurosci. 2015 Jan 20.
Útil também em doenças cardíacasA coenzima Q10 representa uma das áreas de investigação mais interessantes. A substância foi originalmente descoberta em 1957 por cientistas norte-americanos, e tem vindo a ser investigada desde há décadas por investigadores de todo o mundo. O seu papel no metabolismo da energia que ocorre no interior das mitocôndrias (pequenas "centrais de energia") das células é bem conhecido, o que levou os cientistas a estudar o efeito desta substância na insuficiência cardíaca crónica. Em 2014 , um estudo dinamarquês (Q- Symbio) fez capas de jornais, ao concluir que os suplementos de coenzima Q10, administrados em conjunto com a terapêutica dada a pacientes com insuficiência cardíaca crónica podia diminuir as taxas de mortalidade em 43%. Normalmente, cerca de 50% das pessoas diagnosticadas com insuficiência cardíaca crónica acabam por morrer num período de cinco anos. A coenzima Q10 também tem sido relacionada ao aumento da fertilidade masculina, à baixa da pressão arterial e ao combate da doença periodontal (doença gengival). |
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Um estudo sueco, conforme descrito neste livro, mostrou que uma associação de Q10 e de selénio reduz para mais de metade o risco de doença cardíaca em pessoas idosas.
Este estudo inédito foi realizado de acordo com todas as regras científicas.
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