Suplemento com Q10 pode ajudar pessoas com doença hepática

Investigadores descobriram que pessoas que sofrem de doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) podem proteger-se tomando um suplemento com coenzima Q10.

A doença hepática gordurosa não alcoólica é uma doença hepática crónica que envolve a inflamação do fígado e pode piorar ao atravessar uma progressão de quatro estádios, podendo eventualmente, conduzir a cirrose e cancro do fígado.
Esta condição, caracterizada por uma acumulação de gordura nas células do fígado, afecta geralmente pessoas que são diabéticas ou com excesso de peso. Actualmente, não existe tratamento médico para a DHGNA, mas a ciência descobriu que um suplemento com a coenzima Q10 pode melhorar o metabolismo da gordura no fígado e reduzir a inflamação.

Q10 durante 12 semanas

Um estudo realizado com 41 doentes diagnosticados com a patologia, foram escolhidos aleatoriamente para tomar 100 mg de coenzima Q10 por dia, ou placebo, durante um período de 12 semanas. Nem os investigadores nem os participantes sabiam o que foi administrado até o código ter sido revelado, ao fim do período de 12 semanas de estudo. As amostras de sangue foram colhidas de cada doente, antes e após a intervenção, assim os investigadores conseguiram determinar os níveis de enzimas hepáticas e os marcadores de inflamação.

Menos inflamação

O estudo mostrou que o suplemento com coenzima Q10 resultou numa diminuição significativa no Aspartato Aminotransferase (ASAT), um marcador biológico que avalia as lesões no fígado. Os doentes apresentaram também reduções significativas noutros sinais de doença do fígado, incluindo Gamaglutamiltransferase (GGT), proteína C reativa de alta sensibilidade (PCR-AS) e fator de necrose tumoral alfa (anti-TNF?), nos doentes que receberam coenzima Q10, contudo não se verificou o mesmo no grupo que recebeu placebo.

Embora o estudo seja limitado no número de participantes, sugere contudo que a coenzima Q10, tomada numa dose diária de 100 mg, pode ser útil para reduzir a inflamação sistémica e melhorar algumas das variáveis bioquímicas envolvidas na DHGNA.

Fonte:

Journal of the American College of Nutrition 2015, 09 de julho: 1-8