A Dinamarca volta a estabelecer o recorde no cancro
- e a falta de determinados nutrientes pode ter um papel fundamental
Novos números da base de dados sobre o cancro, Nordcan, revelam que as mulheres dinamarquesas detêm o recorde na prevalência do cancro, e que ambos os sexos continuam a ter a taxa mais baixa de sobrevida do cancro dos países nórdicos. Segundo os investigadores, isto prende-se com o estilo de vida. Todavia, o cancro surge igualmente em pessoas com um estilo de vida saudável, e estudos internacionais indicam que os regimes alimentares modernos tendem a ser insuficientes em selénio, vitamina D e ómega 3, todos eles com propriedades anticancerígenas. A investigação também refere a melatonina, também conhecida como a hormona do sono.
Um em cada três dinamarqueses tem cancro, e a tendência não se alterou. Pelo contrário. Segundo a base de dados nórdica sobre o cancro, Nordcan, o número de cancros irá aumentar em mais de 50 por cento nos próximos anos. O cancro é, actualmente, a causa principal de morte entre pessoas com menos de 65 anos. Mesmo muitas das pessoas que fazem a alimentação recomendada, mantêm o peso ideal, ingerem álcool com moderação, praticam exercício físico e não fumam desenvolvem cancro. Como esta terrível doença leva vários anos a desenvolver-se, é essencial que a ingestão dos nutrientes referidos seja adequada, especialmente por prevenção a longo prazo, mas também como parte do tratamento.
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Selénio
O oligoelemento selénio está presente em todas as células. Tem uma série de funções e regula, por exemplo, as defesas imunitárias, o metabolismo (tiróide), o sistema cardiovascular e a desintoxicação. Além disso, tem acção antioxidante que neutraliza a agressão celular provocada pelos radicais livres.
O solo europeu é pobre em selénio. Estima-se que 20 por cento da população dinamarquesa obtenham menos selénio na alimentação do que o aporte recomendado (AR) que, actualmente, é de cerca de 55 microgramas. Há países, como os E.U.A. e o Japão, em que o aporte de selénio natural, obtido na alimentação, é próximo dos 200 microgramas/dia (quantidade igual à usada frequentemente em estudos científicos).
A levedura de selénio pode reduzir o número de cancros em 50 por cento
Em 1996, Larry Clark, cientista americano, publicou o chamado Estudo NPC (Prevenção Nutricional do Cancro), em que demonstrou que a suplementação diária com 200 microgramas de levedura de selénio orgânico reduziu em 50-60 por cento o risco de três formas de cancro frequentes. Na prática, isto significa que milhões de pessoas poderiam evitar ou sobreviver à terrível doença.
A selenometionina não resulta. Na verdade, os estudos são enganadores
Infelizmente, os especialistas reportam-se, frequentemente, ao estudo SELECT mais recente, em que os investigadores administraram suplementos de selénio e vitamina E aos participantes do estudo. Neste estudo, não constataram haver um efeito protector contra o cancro. E isto porque usaram uma forma de selénio, denominada selenometionina, que, ao contrário da levedura de selénio, não revelou resultados convincentes na prevenção do cancro. Além disso, a vitamina E usada era sintética.
É, por isso, enganador usar o estudo SELECT para influenciar as pessoas no sentido de não tomarem suplementos de selénio para prevenir o cancro. Seria mais relevante dizer a verdade e informá-las de que não é expectável que a selenometionina tenha efeito, e recomendar antes levedura de selénio.
O cancro é precedido de baixa taxa de selénio
Desde a primeira mutação (alteração) celular até à manifestação de um tumor, normalmente, passam 10-15 anos. Ao mesmo tempo, a falta de selénio deixa as células mais vulneráveis, tornando-as mais propensas a mutação e disseminação no organismo. Vários estudos alargados revelam diferenças nos níveis sanguíneos de selénio entre doentes oncológicos e pessoas saudáveis muito antes de a doença ser detectada. Como o cancro, normalmente, leva anos a desenvolver-se, o selénio é uma parte essencial e crucial na prevenção a longo prazo.
Quando há falta de selénio, este oligoelemento não consegue levar a cabo as suas muitas funções a nível de renovação energética, metabolismo, sistema imunitário e prevenção do cancro. Tudo indica que o aporte recomendado é muito baixo, pelo menos, em termos de obtenção da protecção ideal contra o cancro. |
O selénio protege contra o cancro da próstata
Segundo um estudo da DTU (Universidade Técnica da Dinamarca), o aporte diário de selénio de 200 microgramas pode diminuir o risco de cancro da próstata, o que é quase quatro vezes mais do que o aporte recomendado (55 microgramas/dia).
O selénio regula as defesas imunitárias, que ficam alteradas em vários tipos de cancro
Investigadores da Universidade de Copenhaga realizaram um estudo que mostra de que modo o composto de selénio, metilselenol, inibe a proliferação das células cancerosas, causada por stress celular e defesas imunitárias desreguladas. Em situações de melanoma, cancro da próstata e determinados tipos de leucemia, as células produzem grandes quantidades de certos compostos, chamados NKG2D, que hiperestimulam, tornam o sistema imunitário vunerável, acabando por levar o organismo a colapsar. Segundo os investigadores dinamarqueses, o composto de selénio, denominado metilselenol, contraria esta produção de NKG2D não-controlada, bem como o transporte mórbido destes compostos na corrente sanguínea.
De que modo o selénio protege contra substâncias carcinogénicas
A maior parte dos carcinogéneos tem uma coisa em comum: ou são eles próprios radicais livres ou fazem com que o organismo produza radicais livres. Os radicais livres são compostos de oxigénio altamente agressivos que deterioram o ADN das células. Stress, envelhecimento, intoxicação, tabagismo e radiações aumentam a quantidade de radicais livres.
Determinadas proteínas que contêm selénio, chamadas GPX, funcionam como antioxidantes potentes que protegem as células e o seu ADN contra os radicais livres. Outros compostos do selénio reparam a deterioração do ADN e neutralizam toxinas ambientais cancerígenas como o mercúrio.
Seis mecanismos anticancerígenos do selénio
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Vitamina D
A vitamina D é importante para os ossos, músculos, sistema imunitário e divisão celular. Todas as células do organismo têm receptores da vitamina D, que se pensa regularem 5-10 por cento dos nossos genes. A luz solar é a fonte mais importante de vitamina D. Uma pessoa vestida com roupa leve, num dia de verão, pode produzir cerca de 60 microgramas de vitamina D em meia-hora de exposição ao sol. Contudo, no Inverno, o sol está demasiado baixo para que isto aconteça. A dieta dinamarquesa típica contribui com apenas 5 microgramas por dia (ou menos), o que, segundo a investigação, é demasiado pouco para contribuir para a prevenção do cancro.
Menos sol e vitamina D – mais cancro
Na década de 1940, os cientistas observaram haver ligação entre a exposição a radiação UBV do sol e a mortalidade por cancro. Os habitantes das regiões do norte apresentavam maior risco de cancro da mama e outras formas de cancro. E continua a ser assim.
Uma taxa de vitamina D do organismo demasiado baixa afecta muitos dos genes responsáveis pela codificação das proteínas e regulação da divisão celular. Com o tempo, isto pode aumentar o risco de cancro ou dificultar a recuperação total após tratamento. A vitamina D pode até regular os níveis de estrogénio e a inflamação, implicados em vários tipos de cancro.
A carência de vitamina D tornou-se cada vez mais comum devido a- passar-se mais tempo em recintos fechados, receio do sol, uso de protector solar, mais pessoas com excesso de peso, pessoas mais velhas, uso prolongado de antidislipidémicos, e um número crescente de pessoas de pele mais escura nesta parte do globo. |
Taxa de vitamina D mais elevada reduz os níveis de estrogénio e o risco de cancro da mama
Um estudo demonstrou que a suplementação com dose elevada de vitamina D diminui os níveis sanguíneos de estrogénios, o que pode ter uma influência decisiva na prevenção e no tratamento do cancro da mama, uma forma de cancro que atinge uma em cada nove dinamarquesas. O estudo foi realizado por investigadores do Fred Hutchinson Cancer Research Center, em Seattle, Washington, e nele participaram mulheres pós-menopáusicas, com excesso de peso, que tomaram 50 microgramas diários de vitamina D durante um ano. Os cientistas constataram que as mulheres, cujos níveis sanguíneos de vitamina D mais tinham aumentado, apresentavam a maior redução de estrogénios no sangue. Isto reduz o risco de cancro da mama, pois é sabido que o excesso de estrogénios aumenta o risco desta doença tão disseminada.
A investigação anterior mostra que a perda de peso pode baixar significativamente os níveis de estrogénio. Actualmente, a investigação mostra que a toma de um suplemento de 50 microgramas/dia de vitamina D tem o mesmo efeito
Excesso de peso e falta de vitamina D é uma combinação perigosaAs pessoas com excesso de peso têm dificuldade em produzir e metabolizar vitamina D e têm tendência para produzir mais estrogénio |
.Os genes fazem com que metabolizemos a vitamina D de forma diferente
O efeito preventivo da vitamina D no cancro da mama, e outros tipos de cancro, depende dos nossos genes. Vale a pena referir um gene que é o receptor celular da vitamina D (VDR), porque as pessoas têm variedades diferentes do gene VDR, e este é importante para as células e a sua capacidade de fixar a vitamina D. Há pessoas que metabolizam a vitamina D melhor do que outras.
Os suplementos de vitamina D potenciam o efeito do tamoxifeno
O tamoxifeno é um medicamento antiestrogénico que faz parte do pós-tratamento de doentes com cancro da mama. Em estudos laboratoriais, a vitamina D neutraliza a proliferação de células cancerosas da mama resistentes ao tamoxifeno, provavelmente, devido a um mecanismo relacionado com o VDR. Além disso, tudo indica que a vitamina D diminui os níveis dos estrogénios circulantes, ao limitar o processo conhecido por aromatização.
A vitamina D contraria os seguintes factores, que estão relacionados com o desenvolvimento de cancro da mama
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Novo limiar ideal requer a toma de suplementos
No doseamento da vitamina D como 25-hidroxivitamina D3 no sangue, o limiar de referência é 50 ng/ml. Contudo, muitos especialistas acreditam que só um valor de 75-100 ng/ml confere a protecção ideal contra a doença. Porque não conseguimos sintetizar vitamina D durante o Inverno na nossa latitude, e porque a nossa alimentação fornece apenas quantidades mínimas do nutriente, é aconselhável um suplemento de elevada dose de vitamina D (especialmente durante o Inverno), para aumentar os níveis sanguíneos de vitamina D para valores que confiram efeito protector contra o cancro e muitas outras doenças.
Estilo de vida anti-inflamatório e suplementos eficazesSegundo estudos recentes, a inflamação crónica desempenha um papel crucial no desenvolvimento do cancro, ainda que a inflamação não se manifeste enquanto tal. E isto porque os processos inflamatórios esgotam as defesas imunitárias e, simultaneamente, atacam o organismo com radicais livres que agridem as células e deterioram o seu ADN. O selénio, a vitamina D e o ácido gordo ómega 3, chamado EPA (ácido eicosapentaenoico), inibem a inflamação por diversos mecanismos bioquímicos. Porque a inflamação está envolvida em muitas doenças crónicas, é perfeitamente compreensível que alimentação e estilo de vida anti-inflamatórios se tenham tornado a nova tendência em saúde. |
Ómega-3
Os ácidos gordos ómega 3 são constituintes importantes das membranas celulares e de inúmeros processos bioquímicos. O óleo de linhaça e outros óleos vegetais contêm a forma do ómega 3 denominada ALA (ácido alfa-linoleico), que, com o auxílio de enzimas, é transformado em EPA e DHA, e em certas substâncias idênticas à hormona, denominadas prostaglandinas. A transformação do ALA em EPA e DHA muitas vezes é limitada, razão pela qual, para muitas pessoas, é mais benéfico obter EPA e DHA directamente do peixe ou de suplementos de óleo de peixe. Os ácidos gordos ómega 3 funcionam em interacção bioquímica com os ácidos gordos ómega 6, que se obtêm da maior parte dos óleos vegetais e da carne. Demasiado ómega 6 em detrimento de ómega 3 aumenta o risco de inflamação, cãibras e outros desequilíbrios bioquímicos.
Peixe gordo, óleos de peixe e ómega 3 reduzem o risco de várias formas de cancro
Investigadores do Fred Hutchinson Cancer Research Center, em Seattle, Washington, inquiriram mais de 35.000 mulheres menopáusicas sobre o consumo de outros suplementos alimentares que não comprimidos vitamínicos e minerais. E verificou-se que os suplementos de óleo de peixe com os dois ácidos gordos ómega 3, EPA e DHA, estavam associados a um risco 32 por cento inferior de desenvolver cancro da mama. Os outros suplementos, que estas mulheres tomavam, não tiveram qualquer efeito. Investigação de 2002 mostra que os ácidos gordos ómega 3 afectam dois genes (BCR1 e BCR2) que ajudam a reparar o ADN deteriorado e a neutralizar a proliferação celular descontrolada.
Além disso, os cientistas observaram que os esquimós inuítes, que consomem muito peixe e ácidos gordos ómega 3 de origem animal, têm uma taxa inferior de cancro da mama e da próstata. O fígado do peixe, fígado da foca e peixe gordo também contêm vitamina D e selénio, que têm propriedades anticancerígenas.
Estudos em animais demonstraram que o óleo de peixe pode inibir o crescimento de determinados tumores malignos e impedir a sua disseminação. O óleo de peixe também inibe a inflamação, ao bloquear a formação de novos vasos sanguíneos (angiogénese) nos tumores.
Óleo de peixe e suas propriedades anticancerígenas
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Melatonina
Embora a melatonina seja, basicamente, conhecida como hormona do sono, os estudos mostram que a substância previne o cancro de diversas formas. Os suplementos de melatonina podem aumentar o efeito da quimioterapia e neutralizar os efeitos secundários.
A melatonina é segregada pela glândula pineal do cérebro quando os olhos estão na escuridão à noite. Quanto mais envelhecemos, mais a glândula pineal se contrai e calcifica, o que faz com que a secreção da melatonina diminua. Aos 60 anos, a secreção de melatonina é cerca de 50 por cento inferior à que se verifica aos 20 anos e continua a diminuir. Há décadas que os cientistas tentam descobrir uma ligação entre secreção decrescente de melatonina em pessoas idosas e o risco crescente de cancro. Também a falta de luz do dia e a escuridão à noite, e ainda exposição a estimulantes, medicamentos, jet leg e radiação electromagnética, podem diminuir a secreção natural de melatonina do organismo.
A melatonina aumenta a esperança de vida e diminui o risco de cancro em ratinhos
Os estudos mostram que suplementos de melatonina administrados a ratinhos podem aumentar-lhes a vida até 30 por cento, além de reduzirem o risco de desenvolver cancro. Os investigadores supõem que a melatonina tem diversas funções – é um antioxidante, regula o equilíbrio hormonal, reforça o sistema imunitário e neutraliza a inflamação. Embora ainda não tenham sido realizados estudos clínicos com humanos para comprovar se a melatonina aumenta a nossa esperança de vida e previne o cancro, a evidência sugere que pode retardar o processo de envelhecimento. Inclusivamente, os cientistas observaram resultados promissores com a administração de melatonina a doentes oncológicos.
A melatonina aumenta o efeito e reduz os efeitos secundários da quimioterapia
A quimioterapia e a radioterapia são os tratamentos habituais contra o cancro. Um artigo na publicação científica dinamarquesa Ugeskrift for Læger afirma que os suplementos de melatonina podem aumentar o efeito agressivo da quimioterapia nas células cancerosas e reduzir os muitos efeitos secundários. Ao associar a quimioterapia à melatonina, é possível aumentar, de 28,4 para 52,2 por cento, a probabilidade de sobrevivência a uma doença oncológica a um ano. O efeito positivo da melatonina em doentes oncológicos corrobora estudos anteriores.
Os efeitos da melatonina na prevenção e inibição do cancro
A melatonina previne o cancro através de vários mecanismos, e até consegue combater a doença já instalada. Todavia, para tal, é preciso que o organismo tenha melatonina suficiente. Como podem decorrer muitos anos entre as primeiras mutações celulares e a descoberta de um tumor maligno, tanto a melatonina como a capacidade do organismo de recuperar têm um papel considerável, todavia, subestimado, na prevenção.
Propriedades anticancerígenas da melatonina
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Turno nocturno e cancro da mama
As mulheres que trabalham durante a noite são 40 por cento mais susceptíveis de desenvolver cancro da mama, segundo Johnni Hansen, investigador principal da Sociedade do Cancro Dinamarquesa.
Há uma eventual ligação entre muito pouca melatonina e cancro da mama, visto que a melatonina inibe a produção dos estrogénios envolvidos nos tipos de cancro da mama hormonodependentes. Pode até haver relação entre o trabalho nocturno, cancro da mama e pouca vitamina D, que obtemos principalmente do sol durante o Verão. Em geral, muito pouca melatonina e vitamina D parece ser uma má combinação com respeito ao trabalho nocturno.
Cancro da próstata e produção irregular de melatonina
Durante uma conferência sobre envelhecimento e cancro, o Dr. Christian Bartsch, da Universidade de Tübingen, Alemanha, afirmou que os homens com cancro da próstata não só têm níveis de testosterona elevados, mas também outros tipos de perturbações hormonais. O mais surpreendente era o desequilíbrio na produção da melatonina. Estes doentes com cancro da próstata não só produzem muito pouca melatonina, como até têm oscilações irregulares que não seguem o ritmo de 24 horas (ritmo circadiano).
É um dilema a melatonina (e outras substâncias naturais) não serem patenteáveisEstá sobejamente provado que a melatonina é um adjuvante barato e muito eficaz do tratamento oncológico. |
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Kræftens Bekæmpelse