Interesse crescente em perturbações mitocondriais
- com ligações à doença de Parkinson e a outras doenças neurológicas
As mitocôndrias são as centrais eléctricas das nossas células, que produzem energia num processo em que intervêm oxigénio, Q10, selénio e outros nutrientes. Há cerca de 100 anos, o Professor Otto Warburg, alemão, galardoado com o Prémio Nobel, demonstrou que, ainda que o cancro possa ser causado por muitos factores secundários, há apenas uma causa primária: alterações na renovação do oxigénio mitocondrial. No seu último livro, Tripping over the Truth, o biólogo molecular Travis Christoffersen descreve como os cientistas contemporâneos corroboram as teorias de Warburg e afirma que a prevenção e o tratamento do cancro devem ser encarados de um ângulo completamente diferente. Há outros estudos que mostram que a doença de Parkinson, enxaquecas, senilidade, fadiga crónica, fibromialgia, epilepsia e outras perturbações neurológicas podem ter origem em defeitos das mitocôndrias, que têm muitas outras funções para além do fornecimento de energia. É, por isso, fundamental prestar atenção às mitocôndrias ao longo da vida. Saiba mais sobre a dieta cetogénica que optimiza a renovação de energia mitocondrial em diversas doenças mitocondriais.
Após a ingestão de alimentos sólidos ou líquidos, os nutrientes energéticos (hidratos de carbono, gorduras e proteínas) são transportados na corrente sanguínea para todas as células dos nossos órgãos e tecidos. No interior de cada célula do nosso organismo existem inúmeras centrais eléctricas minúsculas, em forma de grão, chamadas mitocôndrias. É no interior destas estruturas que se produz energia com a ajuda de oxigénio, Q10, selénio e outros nutrientes.
O Q10 ajuda as mitocôndrias a produzir energia e a armazená-la quimicamente numa molécula denominada ATP (adenosina trifosfato). Depois de produzida, a ATP é libertada das mitocôndrias para ajudar no resto da célula. A ATP serve de reserva de energia, muito à semelhança de uma bateria carregada que fornece a energia necessária para vários processos. A produção de ATP através de oxigénio é uma forma muito eficaz que fornece 18 vezes mais energia do que a fermentação sem oxigénio. As mitocôndrias também precisam de carnitina, um aminoácido que transporta os ácidos gordos para as células. Na verdade, os ácidos gordos constituem uma forma de energia muito eficaz que só conseguimos transformar em ATP com a ajuda do oxigénio.
O ser humano vive em simbiose com milhões de mitocôndrias, que são consideradas bactérias pré-históricas. |
As muitas funções das mitocôndrias e doenças mitocondriais comuns
As mitocôndrias existem em quase todas as células. São unidades muito interessantes, também conhecidas como organelos. As mitocôndrias têm algumas semelhanças com as bactérias e têm informação genética própria, ADN mitocondrial (mtDNA) e capacidade de se reproduzirem de forma independente no interior da célula. As mitocôndrias têm outras funções, como divisão celular, sinalização do cálcio, determinação do desenvolvimento, e morte celular programada (ou apoptose). As mitocôndrias são, portanto, grandes responsáveis pela saúde das células, pelas funções celulares e pela capacidade de autodestruição das células quando deterioradas ou expostas a deterioração do ADN.
Certas funções mitocondriais apenas são executadas em determinados tipos de células. De certo modo, as mitocôndrias são organelos independentes que executam muitas funções essenciais em troca de subsistência no interior das células. A nossa saúde depende desta coexistência delicada – ou simbiose – entre as células e respectivas mitocôndrias.
Contudo, podem sobrevir várias alterações mitocondriais relacionadas com diversas doenças e também como parte do processo de envelhecimento. Os estudos sugerem que o cancro, enxaquecas, senilidade, disfunção cardíaca, síndrome de fadiga crónica, fibromialgia e doenças neurodegenerativas, como a doença de Parkinson e epilepsia, podem ser consequência de funcionamento deficiente das mitocôndrias.
As mitocôndrias têm um papel essencial nas seguintes funções:
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Os radicais livres e o stress oxidativo são os piores inimigos das mitocôndrias
O stress oxidativo é resultante de desequilíbrio entre os radicais livres e os antioxidantes no organismo. Os radicais livres são um subproduto natural da respiração, sendo que a carga de radicais livres aumenta com stress, processo de envelhecimento, níveis elevados de glucose no sangue, diabetes tipo 2, inflamação, intoxicação, tabagismo e radiações de micro-ondas. Os radicais livres são moléculas agressivas que contribuem para deterioração, doença e degradação celulares. A nossa única fonte de protecção contra os radicais livres é a presença de diversos antioxidantes, como as vitaminas A, C e E, e ainda selénio, zinco, Q10 e vários fitocompostos. Ao contrário das células, as mitocôndrias não são capazes de reparar a deterioração que ocorre no seu ADN (mtDNA), o que torna as mitocôndrias muito vulneráveis às agressões dos radicais livres.
Cientistas: O cancro é uma doença metabólica e mitocondrial
Os hidratos de carbono do que comemos e bebemos são degradados em glucose – também conhecida por açúcar no sangue. Embora o cancro possa ter muitas causas, o professor alemão Otto Warburg demonstrou, há cerca de 100 anos, que a causa primária do cancro são as alterações da renovação mitocondrial da glucose através do oxigénio, o que faz com que as mitocôndrias fermentem a glucose sem utilizarem oxigénio.
Warburg foi galardoado com o Prémio Nobel em 1931, mas as suas descobertas foram abandonadas quando a investigação do cancro passou a concentrar-se nos genes. Todavia, acontece que as alterações genéticas na maioria das formas de cancro são bastante complicadas, razão por que é tão difícil a quimioterapia resultar. Temos assistido a um número crescente de pessoas afectadas por, ou que morrem de, cancro, apesar de ter havido alguns progressos no tratamento do cancro nos últimos anos.
Cientistas actuais, como Pete Pedersen e Thomas Seyfried, continuaram a trabalhar com as teorias de Warburg, e o biólogo molecular Travis Christoffersen descreve no seu último livro, Tripping over the truth, as teorias mais recentes sobre a natureza e o desenvolvimento do cancro.
O número de mitocôndrias numa célula varia consoante o tipo de célula. Na maior parte das células existem vários milhares de mitocôndrias. As células que consomem mais energia são as que contêm o maior número de mitocôndrias. Contudo, os glóbulos vermelhos não contêm nenhuma mitocôndria. |
Quando o cancro se desenvolve, as mitocôndrias enviam sinais de socorro aos genes da célula
Quando uma célula saudável se transforma numa célula cancerosa, o que acontece, resumidamente, é que os radicais livres agridem as mitocôndrias, tornando cada vez mais difícil que estas executem as suas funções, como a renovação energética normal, etc. Em seguida, as mitocôndrias enviam sinais de socorro aos genes da célula (ADN celular) para que a célula consiga produzir energia sem oxigénio, simplesmente por fermentação da glucose.
Acontece que os genes que reagem aos sinais de socorro mitocondriais são responsáveis por várias funções, como a divisão celular e a formação de vasos sanguíneos (angiogénese). Esta instabilidade dos genes celulares pode acabar por originar uma situação caótica, em que a célula se transforma numa célula cancerosa agressiva que já não pertence à comunidade celular. Por conseguinte, a célula cancerosa sobrevive sozinha, visto que já não existe simbiose com as mitocôndrias.
Segundo Seyfried, as mutações dos genes são enganadoras, pois, na verdade, as mitocôndrias deterioradas é que são responsáveis pelo desenvolvimento do cancro. Por outras palavras, o cancro é uma doença metabólica não-hereditária, embora possa ter características heredofamiliares. O cancro está ligado a influência epigenética, ou seja, a influência externa que danifica o ambiente das células e das mitocôndrias. Esta influência nociva é provocada pela falta de nutrientes protectores, em conjunto com stress, intoxicação, compostos desreguladores hormonais, radiações de micro-ondas, tabagismo, inflamação, gorduras degradadas (oxidadas) e consumo excessivo de hidratos de carbono refinados do açúcar, da farinha branca, batatas fritas, sumos e comida de plástico, e ainda stress oxidativo – o desequilíbrio entre radicais livres e antioxidantes. No seu livro Intelligent Cells, o biólogo celular, de renome internacional, Bruce Lipton, analisa de que modo os genes e o ADN, ao contrário do que a maior parte das pessoas pensa, não controlam a biologia humana, mas que é o ADN que é controlado por sinais exteriores à célula.
O grande apetite das células cancerosas por glucose também é usado para diagnóstico
Como já foi referido, a produção de energia por fermentação não é muito eficaz, e não há dúvida que as células cancerosas com carência conseguem absorver até 10 vezes mais glucose no sangue do que as células normais. Esta informação é muito útil quando um doente que precisa de fazer um exame imagiológico tem de ingerir um composto de açúcar radioactivo antes de realizar o exame. As células cancerosas carentes absorvem grande quantidade deste açúcar radioactivo, o que permite ao médico olhar para as imagens e localizar as células cancerosas e os tumores malignos em todo o corpo.
É sabido que as células cancerosas adoram glucose, e é precisamente este “combustível” que faz com que as células proliferem rapidamente. Contudo, os tratamentos do cancro habituais apenas contemplam a utilização de quimioterapia e radioterapia, mas não a necessidade de alterações alimentares e de acções concretas em relação à saúde mitocondrial.
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Nova perspectiva de prevenção e tratamento do cancro
Para proteger as mitocôndrias, é fundamental reduzir o impacto dos radicais livres, evitando o stress, tabagismo, metais pesados, compostos químicos, inflamação, e micro-ondas potencialmente nocivas dos telemóveis, routers, intercomunicadores para bebés e outros dispositivos sem fios. Os processos de envelhecimento só por si levam a acumulação de mutações no ADN mitocondrial (mtDNA), o que aumenta a necessidade de antioxidantes, se bem que não seja boa ideia consumir antioxidantes em excesso, visto que os radicais livres também têm um papel essencial nas defesas imunitárias e em vários processos metabólicos. O aporte de antioxidantes só precisa de ser aumentado quando o organismo é sujeito a stress oxidativo. Simultaneamente, é fundamental proporcionar às mitocôndrias condições ideais e perfeita utilização do oxigénio.
Nutrientes importantes na prevenção e como parte do tratamento do cancro
As mitocôndrias precisam especialmente de nutrientes como Q10, selénio, zinco, magnésio, vitamina D3, vitaminas B e ácidos gordos ómega 3. Escusado será dizer que o melhor é fazer uma alimentação equilibrada, mas factores como má absorção de nutrientes, pouco sol no Inverno, solo pobre em nutrientes, medicação, e ainda processos de envelhecimento, em geral, podem aumentar a necessidade de determinados nutrientes.
As pessoas com cancro, muitas vezes, têm níveis baixos de diversas vitaminas, minerais e antioxidantes.
O défice de Q10 é frequente
Os níveis de Q10, por exemplo, muitas vezes são bastante baixos. O ser humano consegue produzir a maior parte do Q10 para as suas necessidades, mas a síntese endógena da substância diminui com a idade, e a toma de antidislipidémicos bloqueia a síntese de Q10 e agrava o défice. O Q10 não só intervém na produção de energia nas células, mas também é um antioxidante muito importante que protege o ADN celular e, o mais importante, o ADN mitocondrial (mtDNA).
O Q10 alterna entre duas formas: ubiquinona e ubiquinol. A ubiquinona é necessária basicamente para renovação energética, ao passo que o ubiquinol constitui um antioxidante. O organismo alterna entre uma e outra forma de Q10, num circuito contínuo, consoante as suas necessidades, e esta transformação constante requer selénio.
O selénio participa em vários mecanismos anticancerígenos
O selénio sustenta cerca de 30 enzimas seleniodependentes (selenoproteínas), inclusive os potentes antioxidantes GPX e outras selenoproteínas com propriedades anticancerígenas. Os estudos mostram que a falta de selénio aumenta o risco de cancro, e com a suplementação com levedura de selénio (que contém diversas formas de selénio) é possível reduzir em cerca de 50 por cento o risco de muitas formas comuns de cancro. Por outro lado, a suplementação com selenometionina não deu provas de ser especialmente eficaz.
A vitamina D regula os nossos genes, defesas imunitárias e equilíbrio hormonal
Outros estudos demonstraram que a vitamina D3 não só previne o cancro como até reforça a morte celular programada – ou apoptose. Mais concretamente, a vitamina D regula cerca de 10 por cento dos nossos genes, o que é importante para o sistema imunitário, ajuda a inibir a inflamação e a regular os níveis de estrogénio. Também precisamos de magnésio para activar a vitamina D.
O ómega-3 reforça as membranas celulares e neutraliza a inflamação
Os ácidos gordos ómega 3, o EPA e o DHA, que se obtêm no óleo de peixe, reforçam as membranas celulares e as mitocôndrias. Além disso, o EPA tem propriedades anti-inflamatórias. Actualmente, as pessoas consomem ómega 3 de menos e ómega 6 de mais, o que aumenta o risco de inflamação como se observa no cancro e em muitas outras doenças relacionadas com o estilo de vida.
Como já se descreveu, vários nutrientes interagem entre si, razão pela qual é importante obter os diversos nutrientes em quantidade suficiente e procurar optimizar sempre as condições de funcionamento das mitocôndrias.
Melatonina, exercício e respiração
Quando anoitece, a glândula pineal começa a segregar melatonina que contribui para o sono e a actividade onírica. Acontece que a melatonina também é um antioxidante potente, capaz de reparar o ADN durante o sono. Além disso, elimina produtos residuais tóxicos do cérebro. Por outras palavras, dormir bem é essencial para a saúde. Contudo, à medida que envelhecemos, a síntese endógena de melatonina diminui e pode baixar drasticamente durante a menopausa. Trabalhar por turnos e estar sujeito a jetlag também afecta o relógio biológico (ritmo circadiano) e a produção de melatonina. E isto pode ser compensado com um suplemento de melatonina. É igualmente importante fazer exercício e respirar profundamente para fornecer às mitocôndrias quantidades suficientes de oxigénio.
A dieta cetogénica é obrigatória, visto que as células cancerosas abominam gorduras
As células cancerosas têm predilecção por glucose (açúcar no sangue), visto que conseguem transformar este tipo de nutriente sem o auxílio do oxigénio para a sua intensa proliferação. O cientista Siefried descobriu que algo tão simples como limitar o aporte calórico contribuía para diminuir os tumores. A redução de calorias faz baixar os níveis de açúcar no sangue e faz com que as células cancerosas disputem o pouco nutriente com as células saudáveis. No seu livro Tripping over the Truth, Travis Christofferson faz uma análise mais aprofundada de como eliminando os hidratos de carbono da alimentação e substituindo-os por gorduras animal e vegetal saudáveis contribui para sujeitar as células cancerosas a carência. E isto porque as células cancerosas, ao invés das células saudáveis, não conseguem queimar gordura. Em circunstâncias normais, as células cerebrais e nervosas apenas queimam glucose, ao passo que as células musculares e cardíacas são capazes de queimar glucose e gorduras. Se a dieta contiver apenas uma pequeníssima quantidade de hidratos de carbono e grande quantidade de gorduras saudáveis, o organismo desvia-se do seu estado metabólico preferido de produção de energia. Isto obriga o organismo a transformar gorduras em cetonas, que substituem a glucose como o nutriente principal.
A primeira utilização, documentada, de dietas cetogénicas no tratamento do cancro remonta a 1995, e foi realizada por Linda Nebling. Desde então, têm sido muitos os relatos positivos de dietas cetogénicas e cancro – inclusive em associação com tratamentos clássicos, como quimioterapia e radioterapia. Esta estratégia ainda se encontra numa fase inicial, e é difícil obter financiamento para este tipo de investigação porque a utilização de dietas cetogénicas não pode ser patenteada e, portanto, não tem tanto interesse do ponto de vista financeiro.
As dietas cetogénicas com a gordura como supercombustível utilizadas em doenças oncológicas e neurológicas
Ao invés da glucose, que pode ser transformada através de fermentação e sem oxigénio no interior das células cancerosas, a combustão das cetonas só pode acontecer com a ajuda do oxigénio, e esta combustão só pode ter lugar no interior das células saudáveis com mitocôndrias saudáveis.
Aquilo a que chamamos cetose tem sido parte intrínseca da nossa sobrevivência desde os primórdios, quando o ser humano em períodos de fome era obrigado a queimar parte das suas reservas de gordura para obter energia. Há décadas que se sabe que a dieta cetogénica pode prevenir as crises epilépticas, simplesmente porque o cérebro utiliza um tipo diferente de combustível. Ao que tudo indica, as dietas cetogénicas também podem ser úteis em perturbações neurológicas, como demência, doença de Parkinson, doença de Alzheimer e ELA. As propriedades benéficas da cetose podem ter a sua origem nas mitocôndrias que utilizam estas gorduras como um tipo de supercombustível.
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A dieta cetogénica assemelha-se a uma pirâmide alimentar invertida
É importante que o aporte de nutrientes seja equilibrado para que o organismo obtenha energia suficiente, energia essa que depende muito do peso, da idade e do nível de actividade física. Cerca de 70 por cento do aporte calórico diário devem, de preferência, vir de gorduras saudáveis, ao passo que cerca de 20-25% devem vir de proteínas e 5-10% de hidratos de carbono.
Deve-se optar sempre por matérias-primas saudáveis e dar tempo ao organismo para se habituar aos novos hábitos alimentares até chegar à fase de cetose. Um indicador simples é o “hálito cetónico” característico que muitas pessoas sentem após alguns dias. Esta dieta provoca na boca um sabor metálico e frutado, porque o organismo produz diversas cetonas que são eliminadas através da respiração ou da urina. Este sabor estranho, normalmente, desaparece em poucas semanas. No início podem surgir sintomas gripais, que podem ser combatidos adicionando electrólitos, como sódio, potássio e magnésio.
Uma vantagem adicional é que muitas pessoas perdem peso sem qualquer esforço.
Existem no mercado muitos livros sobre a dieta cetogénica, além de se poder pesquisar na Internet um médico ou nutricionista com conhecimentos na matéria.
As dietas cetogénicas, normalmente, não são recomendadas a mulheres grávidas ou a amamentar, diabéticos ou pessoas que tomem anti-hipertensores.
Conclusão
Como as mitocôndrias intervêm na renovação energética e em muitas outras funções do metabolismo celular, a deterioração das mitocôndrias pode dar origem a várias doenças.
As doenças mitocondriais incluem perturbações neurológicas, como epilepsia, enxaquecas, demência, fibromialgia, doença de Parkinson, etc. Os estudos sugerem que até o cancro é uma doença mitocondrial.
Para prevenir e tratar as doenças mitocondriais, é importante ajudar as mitocôndrias a desenvolverem-se bem. Para tanto, são necessários nutrientes como Q10, selénio, zinco, magnésio, vitamina D3, vitaminas B e gorduras ómega 3. É igualmente importante proteger as mitocôndrias contra o stress oxidativo provocado pelos radicais livres. Procure manter níveis de glucose no sangue estáveis, bem como peso corporal e perímetro abdominal normais. Dormir bem, fazer exercício e respirar correctamente também é importante para a saúde mitocondrial. Em caso de doença mitocondrial, poderá valer a pena ponderar uma dieta cetogénica.
Referências bibliográficas:
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Pernille Lund. Q10 – fra helsekost til epokegørende medicin. Ny Videnskab 2014
Succes med keto kuren. Legind 2018
https://www.cancer.dk/hjaelp-viden/undersoegelser-for-kraeft/scanninger-billedundersoegelser/pet-ct-scanning/