Durante décadas, as ciências médicas alegaram que níveis elevados de colesterol constituem uma ameaça para a saúde, especialmente quando se trata do chamado “mau” colesterol – ou LDL (Lipoproteína de Baixa Densidade). Contudo, presentemente, uma equipa de especialistas internacionais defende que esta teoria é exagerada. Na verdade, os especialistas aconselham concretamente a não tomar estatinas para reduzir o colesterol. Entretanto, a ciência concentra-se em melhorar a segurança das estatinas, combinando-as com suplementos de coenzima Q10.
- mas os processos de envelhecimento e os antidislipidémicos inibem a síntese de Q10 pelo organismo
O colesterol é uma substância essencial, produzida pelo próprio ser humano. O importante é que o colesterol que circula no nosso sangue não oxide, e isto é função do Q10 e outros antioxidantes. Níveis de glicose no sangue estabilizados também ajudam a manter o balanço do colesterol saudável.
Há cada vez mais médicos a prescrever estatinas. Estas bloqueiam a actividade da enzima HMG-CoA no fígado, uma enzima que facilita a síntese do colesterol.
Estatinas e Q10 - a mesma via biológica
Sabemos agora, por diversos estudos em humanos e animais, que as estatinas também inibem uma fase importante da produção de Coenzima Q10 do organismo. O Dr. Richard Deichmann resumiu os estudos, que mostram que os estados de insuficiência de CoQ10 podem ser consequência da toma de estatinas.
A toma de estatinas tem sido associada a níveis reduzidos de CoQ10 na corrente sanguínea e no tecido muscular. Por exemplo, um estudo publicado no Journal of Clinical Pharmacology mostrou que o tratamento com uma preparação de estatinas em dose moderada levou a níveis plasmáticos de CoQ10 significativamente reduzidos.
É verdade que as estatinas são eficazes na redução dos níveis de colesterol. Há poucas dúvidas sobre isso. Mas, como acontece com a maior parte dos medicamentos de prescrição, as estatinas têm efeitos secundários.